Inteligência Artificial: Entre Hype e Realidade
Apesar das declarações dos CEOs de tecnologia, os modelos de linguagem de grande porte não possuem uma inteligência reconhecidamente humana. Essa postura se contrapõe à publicidade que envolve o setor, evidenciando o exagero que frequentemente permeia o negócio da inteligência artificial.
Um exemplo é o comentário de Altman, que destaca a suposta melhora na “inteligência emocional” do ChatGPT-4.5, afirmando que essa qualidade faz com que os usuários se sintam como se estivessem conversando com uma pessoa atenciosa. Por outro lado, Dario Amodei, CEO da Anthropic, chegou a afirmar que a próxima geração de inteligência artificial será “mais inteligente do que um laureado com o Prêmio Nobel”. Enquanto isso, Demis Hassabis, da DeepMind, ressaltou o objetivo de desenvolver “modelos capazes de compreender o mundo ao nosso redor”.
No entanto, nada disso é inevitável. De acordo com um estudo divulgado pelo Pew Research Center, embora 56% dos especialistas em IA acreditem que essa tecnologia terá um impacto positivo para os Estados Unidos, apenas 17% dos adultos americanos compartilham dessa convicção. Esse contraste reflete uma realidade em que a compreensão sobre como a inteligência artificial funciona é limitada, o que contribui para uma desconfiança generalizada – fruto de recentes episódios de artifício no Vale do Silício.