Inteligência Artificial na Saúde: Um Novo Capítulo na Relação entre Médicos e Seguradoras
A inteligência artificial (IA) vem se tornando uma parte cada vez maior da vida cotidiana, inclusive no setor da saúde. Recentemente, em Austin, um projeto de lei apresentado pelo senador e médico Charles Schwertner, republicano de Georgetown, acende um novo debate na longa batalha entre médicos e seguradoras.
O projeto de lei 815 propõe proibir que as seguradoras de saúde utilizem exclusivamente algoritmos de IA para negar, modificar ou atrasar reclamações de benefícios. A preocupação central do senador é que, na busca por um maior lucro, essas empresas podem priorizar seus resultados financeiros em detrimento do bem-estar dos pacientes.
Um exemplo impactante foi o de uma cidadã que não sabia que um robô de IA havia tomado decisões a respeito de sua reclamação antes mesmo que ela entrasse em contato com um atendente humano. Essa situação ilustra bem o receio de que tecnologia, utilizada sem a devida transparência, possa comprometer a qualidade do atendimento e os direitos dos pacientes.
“Membros, como sabemos, as seguradoras estão utilizando a inteligência artificial focadas em seu resultado financeiro, em detrimento do bem-estar dos pacientes”, afirmou Schwertner.
Enquanto a IA pode ser uma ferramenta poderosa para identificar fraudes e otimizar processos, os riscos de sua aplicação exclusiva em decisões que envolvem a saúde dos cidadãos são evidentes. A proposta legislativa em Austin reflete a necessidade de um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a garantia de cuidados humanizados no setor da saúde.