E-mail – Reflexão da semana #11. Enviado em 21 de Agosto de 2019.
Olá, olá!
Nessa última semana andei refletindo muito sobre aquilo que necessitamos para nos transformar e transformar a realidade ao nosso redor.
Não quero dizer que sempre temos que mudar, mas ouso dizer que você é como eu e acaba postergando muitas ações desejadas por preguiça, falta de motivação ou alguma desculpa meia boca.
Não sei se você sabe, mas eu sou vegano. Isto é, eu busco seguir uma dieta baseada em planta, evito consumir de marcas que não cuidam do meio ambiente e os animais e cuido da minha saúde para servir de exemplo dos benefícios desse movimento.
No entanto, quando explico para algumas pessoas as razões pelas quais sou vegano, frequentemente recebo comentários do tipo:
“Nossa, eu também concordo que devemos cuidar mais do meio ambiente e dos animais, mas não conseguiria ser vegano.”
Certamente, em 99% dos casos essa não é uma afirmação real, mas sim uma questão de prioridades. É mais importante para essa pessoa ter os prazeres dos alimentos que gosta do que se esforçar para até mesmo questionar se é possível ou não.
No entanto, meu ponto aqui não é bem esse. Meu ponto é que essa pessoa não precisa ser vegana para cuidar do meio ambiente e dos animais. Se ela se tornar mais consciente e apenas diminuir – que seja um dia na semana – os alimentos animais já será uma grande contribuição.
Tendemos a ser muito fervorosos quando defendemos aquilo que nos caracteriza.
“Sou vegano! Então você só é vegano também se fizer isso, aquilo e aquilo outro.”
“Sou cristão! Então você só é cristão também se fizer isso, aquilo e aquilo outro.”
“Sou liberal! Então você só é liberal também se fizer isso, aquilo e aquilo outro.”
Entendo que nós humanos gostamos de categorizar e as coisas fazem mais sentido quando está cada detalhe no seu lugar. Porém, a realidade é que não somos nada consistentes. Nossos desejos, nossas opiniões, aquilo que consideramos como importante, nossa memória e muitos outros aspectos da nossa mente são contraditório e mudam o tempo todo.
E está tudo bem!
Está tudo bem porque podemos aceitar nossas incoerências com humildade e buscar entender que não precisamos se isso ou aquilo para agir e contribuir com o que acreditamos.
No caso do meio ambiente, pode separar um dia para não consumir produtos de origem animal. Ou quem sabe trocar as fraldas descartáveis por ecológicas apenas durante o dia se tiver filhos. Se na sua casa não há coleta de lixo seletiva, quem sabe até armazenar o papel, plástico e vidro em algum local para no fim de semana levar até um centro de coleta.
Se quer ajudar ONGs, não precisa ser um filantropo que dedica sua vida a ajudar os outros. Basta pesquisar na internet sobre instituições que precisam do que pode oferecer. Seja sua oferta de dinheiro, trabalho ou atenção, há sempre quem precise.
O tal do 8 ou 80 serve como bom exemplo de ação em alguns casos, em especial quando queremos dar nossa atenção total a algo que precise ou que queremos.
No entanto, esse mesmo 8 ou 80 é um dos fatores que mais nos limitam a agir, pois acostumamos a acreditar que uma ação só vai valer a pena e ser efetiva quando tivermos 100% comprometidos. O que não é verdade!
Então termino essa reflexão com uma sugestão. Pense em algo que anda protelando ou enrolando para fazer porque acredita que não tem ou o tempo ou os recursos suficientes.
Tente pensar se há algo que possa fazer para avançar nesse projeto devagar, se comprometendo apenas com uma pequena mudança
Aproveita e me conta respondendo ao e-mail!
Um abraço,
André
Divirta-se!