A Endeavour Energy recorreu à inteligência artificial para impulsionar suas operações financeiras, resultando em previsões mais precisas e insights de negócios aprimorados.
Francoise Merit, diretora financeira da Endeavour Energy, afirmou em uma conferência do Gartner CFO and Finance Executive que os resultados já obtidos incluíram uma redução na variação do orçamento de cerca de 8% para 1%.
Merit destacou que era “imperativo” melhorar as previsões, à medida que a empresa se esforça para atender ao crescimento urbano – especialmente na Grande Sydney Ocidental – e às necessidades de grandes consumidores de energia, como operadores de centros de dados.
Como diretora financeira, ela foi encarregada de implementar soluções baseadas em inteligência artificial para aprimorar as capacidades de previsão.
“Refletimos e procuramos uma solução que nos ajudasse a prever quanto a rede será utilizada no futuro, quanto os setores residencial e comercial irão consumir de energia, e como esperamos que a rede reaja”, afirmou.
“Tudo isso nos levou a concentrar esse trabalho especificamente na área financeira – liderado pelo próprio setor – que é como podemos abordar o processo de previsão de maneira diferenciada.
“No meu departamento, prevemos não apenas os custos, mas também a receita. Para nós, a receita está vinculada ao número de elétrons que transitam pela rede”.
Após um processo de licitação, a equipe financeira adotou a plataforma OneStream para melhorar as operações empresariais e aprimorar suas capacidades de previsão.
“Há uma metodologia diferente incorporada a essa ferramenta de previsão”, destacou.
“Podemos ajustar, de mês para mês, qual impulsionador queremos intensificar ou reduzir conforme o ambiente se modifica”.
Merit ressaltou que a plataforma permitiu que o setor financeiro mantivesse sua independência, sem depender das áreas de ciência de dados ou de TI para obtenção de recursos.
Além disso, possibilitou a redução do risco associado à dependência de uma única pessoa. “De repente, a previsão não estava mais concentrada nas mãos de apenas um indivíduo”, afirmou.
Ela também ressaltou que a gestão de mudanças foi um aspecto crítico do projeto, especialmente por envolver elementos de inteligência artificial.
A ferramenta foi apresentada como uma “oportunidade de desenvolvimento”, oportunidade essa que foi abraçada pela equipe, a qual passou a se ver como mais relevante para o negócio – deixando de ser percebida apenas como “backoffice”.
A implementação levou cerca de 12 semanas e já apresentou resultados expressivos, mesmo após um curto período de tempo.