E-mail – Reflexão da semana #12. Enviado em 18 de Setembro de 2019.

Opa, tudo bem?

Nessa semana voltamos à programação normal e quero iniciar o e-mail dando boas-vindas às quase 3 mil novas pessoas que se inscreveram durante o Workshop Liberdade Profissional.

Se você é uma dessas novas pessoas sensacionais, vou explicar brevemente como funcionam as coisas por aqui.

Quase todas as Quartas, vou te enviar um e-mail com uma reflexão. São questões que, como um profissional autônomo/freelancer, eu vivencio na vida e compartilho com você minhas percepções.

Já nas Sextas, você vai receber uma lista de 5 recomendações. Livros, vídeos, pessoas, podcasts, ferramentas e muito mais.

Gosto muito de receber o retorno com suas impressões sobre os e-mails, então pode ficar à vontade para responder a eles 🙂

Então, vamos à reflexão do dia: O glamour do empreendedorismo.

Nós, como profissionais freelancers, somos empreendedores. Afinal, até se olharmos no dicionário quem “empreende” é quem “decidir realizar”. Você, assumindo a responsabilidade pelo seu sucesso, está empreendendo.

Há mais ou menos 8 anos eu tive minha primeira experiência de verdade com o termo Empreendedorismo.

Adorava, com meus 20 e poucos anos, falar que minha profissão era “Empresário” ao preencher qualquer formulário mesmo nem entendendo direito o que isso significava.

Tinha um certo orgulho e glamour naquilo.

A porta de entrada para o empreendedorismo passa, muitas vezes, por livros motivacionais, de negócios, de auto-ajuda e por aí vai. São conteúdos que enaltecem o lado de que você é capaz de fazer tudo que quiser na sua vida, basta trabalhar duro.

Eu fiquei tão vidrado nesses livros, eventos e vídeos que tomei pra mim como certo frases como:

“Vou ter tempo de sobra pra dormir quando tiver morto. Agora é hora de criar meus projetos 24h por dia.”

No entanto, com o passar do tempo começamos a questionar isso pois a realidade se mostra. Descobrimos o que é empreender.

Não que empreender seja algo ruim ou que não valha a pena. Longe disso!

Mas o caminho não é tão romântico quanto parece.

E os resultados não são, necessariamente, viagens caras, objetos de luxo e tranquilidade eterna.

Estava refletindo essa semana sobre o caminho para o empreendedorismo e por que poucas pessoas realmente persistem com o passar do tempo. Sobre esse caminho, pensei em 8 etapas que acabamos percorrendo no empreendedorismo e quero compartilhar com você:

1- Uma ideia ou um conhecimento

O gatilho do empreendedorismo normalmente começa com uma ideia. Algo que se encaixa em nossa cabeça como uma oportunidade ou como algo que seria legal fazer. Ou quem sabe que seria bom para o mundo.

Essa é a parte mais tranquila. Afinal, sonhar é fácil.

2- Acreditar que você consegue mudar e melhorar algo através das suas ideias

Uma coisa é pensar, a outra é acreditar na nossa própria capacidade de mudar as coisas. Esse passo envolve confiança, arrogância, inocência ou uma mistura de tudo isso.

Esse já é um passo um tanto mais complexo e uma parcela das pessoas já nem chegam até aqui.

3- Estudo

Depois que temos a confiança, um passo importante é buscarmos informações. Cursos, mentores, livros, vídeos, etc. Quanto mais aprofundamos no assunto e no que é preciso para colocar nossas ideias em prática, mais entendemos a complexidade e mais precisamos estudar.

Aqui um dos maiores desafios é realmente manter a confiança perante às descobertas do que é preciso para fazer nossa ideia ir pra frente. Muitas vezes o buraco é tão mais embaixo que repensamos nossa capacidade.

E se continuamos a achar que é muito fácil, nos questionamos do porquê outras pessoas ainda não fizeram o que pensamos. Ou, quem sabe, até descobrimos que nossas ideias já foram criadas por outros empreendedores.

4- Dar o pontapé inicial

Já possui uma ideia, já confia que tem a capacidade de a colocar em prática e já sabe o caminho que tem que seguir através do estudo. Agora está na hora de realmente começar a pôr a mão na massa.

Porém, começar é muito difícil! Sempre há algo mais importante ou simplesmente a preguiça. Iniciar projetos acaba sempre ficando para aquele “depois” que nunca chega. Por isso, aqui também é uma grande barreira para muitos.

5- Concluir o projeto e colocar no ar

Seja numa mudança de estilo de vida ou na criação de um negócio, depois que iniciamos os projetos temos que colocá-los no ar.

Em uma mudança de um emprego formal para uma vida como freelancer precisamos oferecer nossos serviços para clientes.

Ao criar uma empresa, precisamos abrir as portas (ou o equivalente para empresas digitais).

Ouso dizer que 90% das pessoas já ficaram pra trás até o momento e não chegam a concluir os projetos. É realmente difícil encontrar o momento que estamos satisfeitos com a qualidade dos nossos projetos e também com o tempo que demora para os concluir.

6- Persistir

Projeto no ar! E agora? Agora é um dos momentos mais difíceis. Foi complicado chegar até aqui, mas confrontar com as dificuldades, burocracias, dúvidas e, dependendo, falta de clientes, chega a ser desesperador.

O desafio aqui é persistir. Manter a confiança e determinação para avançar e confiar nos inúmeros aprendizados que acompanham esse momento.

Resiliência é a palavra.

7- Persistir com a falha

Vai dar ruim. Fato. Em algum momento alguma área do empreendimento terá problemas. Por isso que frequentemente dizemos que ser dono de empresas e, até de nós mesmos, é um exercício de resolução de problemas.

Não há tarefa que não fazemos por não ser parte do nosso escopo. Design, vendas, financeiro, contabilidade, marketing. Não importa. A resiliência deve continuar.

8- Persistir com o sucesso

Vai dar bom também. Com a persistência, coragem, humildade e vontade de sempre melhorar é muito provável que as coisas deem certo eventualmente.

No entanto, é um desafio grande também não nos deixar levar pelo sucesso. A falta de humildade ou a sensação de tranquilidade podem ter efeitos catastróficos na perpetuação do projeto.

Pensando nessas 8 etapas, tenho que te dizer que já passei, venci e também desisti em todas elas.

Poucas são as pessoas que conseguem se manter consistentes e firmes no caminho.

No entanto, o mais importante e interessante é que não necessariamente esse caminho é tão sofrido quanto parece.

Afinal, a persistência que nos leva a avançar por todas essas etapas tem origem num desejo íntimo de fazer a diferença no mundo através do nosso trabalho.

Robert Kiyosaki, do livro Pai Rico Pai Pobre, disse uma frase bem interessante numa entrevista:

“Empreendedor trabalha de graça”.

E o fato de trabalharmos de graça e de também persistirmos é porque o trabalho não parece trabalho. Claro que não é que é só diversão também. Mas é simplesmente uma expressão do nosso desejo de criar, desenvolver e crescer.

Empreender tem seu glamour aos olhos de quem não entende ou não vivencia. Para quem está agindo e avançando no empreendedorismo, o glamour está em poder dizer que estamos fazendo o que queremos e não trabalhando para a realização dos sonhos de outros.

Ou pelo menos é assim que está parecendo para mim no momento.

Quero saber o que você achou dessa reflexão e se você se considera um(a) empreendedor(a).

Um abraço,
André
Divirta-se!
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