Escolher trabalhar como freelancer é uma decisão que envolve não apenas sua carreira profissional, mas também sua vida pessoal.
Se, por um lado, as características positivas desse estilo de trabalho são muito tentadoras (liberdade de agenda, escolha de clientes, trabalhar sem chefe, entre outras); por outro, as responsabilidades também são grandes!
Se você chegou até aqui é porque já passou por essa escolha e, provavelmente, tem orgulho dela!
Ser dono do seu tempo, gerenciar seus compromissos, estipular seus prazos, determinar seu padrão de qualidade…
A principal consequência de tudo isso é que você deve notar a dificuldade atual que você tem de separar sua vida pessoal da sua vida profissional.
Provavelmente você trabalhe muito mais do que 8 horas por dia…
É possível que tenha melhores amigos como seus clientes e vice-versa…
Estudar deixa de ser algo para ser feito além do horário de expediente e passa a entrar na rotina;
E, por falar em horário de expediente, você sabe mesmo o que é isso??
O fato é que, nessa constante mistura entre a vida pessoal e a vida profissional, um freelancer acaba não conseguindo identificar mais quem é um quem é outro.
E não que isso seja ruim – com o tempo você vai aprendendo a lidar com essa dinâmica.
Mas existem algumas áreas da sua vida que merecem ser separadas, e a área financeira é uma delas!
Por isso a primeira dica que o Método Liberdade Financeira dá para quem atua como freelancer é: separe suas finanças!
DICA 01: FINANÇAS PESSSOAIS X FINANÇAS PROFISSIONAIS
Eu não sei exatamente como você atua – mas, provavelmente você é um profissional autônomo, ou possui uma empresa (um CNPJ, seja ele MEI ou pequena/média empresa).
Essa primeira dica parece muito óbvia, mas pra quem está começando é difícil de operacionalizar: separe suas finanças pessoais das finanças da sua empresa.
Essa dificuldade acontece porque muitas vezes é o seu nome (ou o seu CPF) que está envolvido nas negociações; e o dinheiro acaba na prática caindo na sua conta corrente.
Não existe a “conta da empresa” e, criá-la, te tira margem de lucratividade que não faz sentido…
O ponto é que nós não estamos falando de ter uma conta separado – se for melhor para você ter tudo junto, ok!
Estamos apenas recomendando que você tenha exata clareza de quais são seus custos e suas receitas oriundas da sua atuação profissional.
Isso significa ter uma ferramenta de gestão (que pode ser uma planilha ou um aplicativo) que te ajude a separar o que são entradas e despesas suas, e o que é referente a sua empresa.
Em termos de receita, é bastante importante que você seja capaz de identificar, de tudo que entra na sua conta corrente, o que é referente ao faturamento como profissional ou, em outras palavras, da sua empresa.
E, em termos de despesa, é interessante você conseguir acompanhar algumas métricas como:
- Taxas e impostos que você paga como pessoa jurídica, seja para manter a empresa aberta, seja para emissão de notas fiscais;
- Custos com matéria prima (se houver) física ou virtual;
- Custo com assinaturas e sistemas (principalmente estruturas virtuais para hospedar seu negócio);
- Custo com deslocamento, hospedagem e alimentação – enquanto você estiver em atuação profissional.
O levantamento desses custos te permitirá identificar o custo tanto de ter a sua empresa aberta e funcionando; quando, no médio prazo, o custo de adquirir um novo cliente.
Por fim, é também interessante que você consiga ter uma política de resultados financeiros dentro da sua empresa, e consiga determinar:
- O quanto do seu faturamento será reinvestido na sua própria empresa;
- O quanto será seu pró-labore (seja em termos de retirada mensal, seja em termos de divisão de lucros).
Na prática, não há divisão física do dinheiro – fica tudo dentro da sua conta corrente.
Mas, na teoria, essa separação e essa clareza podem te ajudar a tomar boas decisões sem interferir na sua vida pessoal.
E não importa o tamanho da sua empresa hoje – o hábito de separar a vida financeira pessoal da profissional deve ser criado o quanto antes e, conforme você cresce, você já terá seu mindset direcionado para isso.
Sempre que tiver dúvidas sobre como fazer essa separação, pergunte-se: se eu estivesse trabalhando no modelo CLT, com um salário, eu teria essa receita / despesa? Essa reposta lhe permitirá identificar e separar quem é você e quem é sua empresa!
DICA 02: GERENCIE SEU FLUXO DE CAIXA
A segunda dica financeira é: gerencie seu fluxo de caixa, seja ele o pessoal, seja ele o da empresa!
Como freelancers, é bem comum que nossas entradas não sejam regulares ao longo dos meses e, embora no final de um ano nosso faturamento possa ser bem maior do que se estivéssemos trabalhando como profissional celetista, existem meses no vermelho…
Nesse sentido, a ideia aqui é que você tenha um bom gerenciamento de fluxo de caixa, seja dentro das finanças da sua empresa, seja nas suas finanças pessoais.
Para isso, é preciso tirar a visão mensal do processo e começar a pensar em longo prazo, entre 3 meses e 1 ano.
Ao invés de provisionar e estimar seus custos para o próximo mês, comece a pensar no próximo trimestre: e então você terá mais clareza para fazer suas estimativas!
Inclusive, nós escrevemos um artigo sobre isso no Método Liberdade Financeira.
O gerenciamento das finanças de médio prazo é ideal para quem não tem renda regular e pode te ajudar a:
- Evitar dívidas de curto prazo e consequentemente juros;
- Investir melhor o dinheiro que sobra, sem antecipar resgates perdendo rentabilidade dos investimentos;
- Montar planos futuros, seja para a empresa, seja para você!
Se você ainda não executa nenhuma dessas dicas, aqui estão ótimos pontos para começar!
Os desafios financeiros que você vai passar ao longo da sua jornada podem ser decisivos tanto para o crescimento da sua atuação como freelancer; quanto para resistir a tentação de ter outra forma de trabalhar com mais segurança financeira.
E nós acreditamos que quem trabalha com o que ama, como é o caso de muitos freelancers que conhecemos, tendem a ter uma satisfação profissional muito maior do que aqueles que apenas trocam seu tempo por dinheiro.
Não deixe suas conquistas serem derrubadas por questões financeiras – você vale mais que elas!
E conte com a Iglu e com o Método Liberdade Financeira para lhe apoiar nessa jornada!