Todd McShay defende a estratégia defensiva dos Commanders na primeira rodada

O analista de draft Todd McShay apresentou seu melhor argumento até agora para explicar por que os Washington Commanders podem optar por reforçar o setor defensivo na primeira rodada. No seu Todd Mock 3.0, McShay escolheu o safety dos Georgia Bulldogs, Malaki Starks, na 29ª posição, preferindo um defensive back a outras posições como running back, linha ofensiva e edge, desafiando as expectativas de quem consideraria, inclusive, um wide receiver nessa seleção.

Em sua participação no podcast Trap or Dive, McShay destacou que a escolha defensiva pode ser justificada quando a equipe já possui um quarterback definido, o que permite investir em jogadores que podem fazer a diferença na defesa, especialmente para contribuir na finalização dos jogos. Ele fez uma comparação com times como os Baltimore Ravens, que quase sempre chegam aos playoffs e optam por selecionar jogadores no meio ou final dos 20s ou até mesmo na faixa dos 30s, apostando na maturidade e paciência do draft para identificar os talentos que fazem a diferença.

«Pense nos Baltimore Ravens, certo? Uma das organizações que quase sempre estão nos playoffs. Eles costumam selecionar jogadores na faixa dos 20 ou 30 anos. São uma das organizações mais pacientes e essa paciência se paga quase todo ano. Depois de terem definido seu quarterback, eles fazem uma curva fechada e selecionam jogadores que, até então, ninguém imaginava que estivessem ali – e acho que agora os Commanders estão nessa mesma fase, entrando para o “clube dos grandes».» – afirmou McShay.

O analista ressaltou que, ao ter o quarterback garantido, a equipe ganha liberdade para buscar jogadores que possam compensar deficiências defensivas. Segundo ele, a presença de um líder no ataque, como um quarterback que dirige a equipe, certamente resultará em muitos pontos, mas a proteção na defesa também é essencial. Ele relembrou conversas com ex-GMs, como a de Bill Polian, que enfatizavam a importância de ter pass rushers e jogadores capazes de fechar jogos, e destacou que os Commanders estão em uma posição de paciência para fazer escolhas inteligentes nessa área.

«Depois que o quarterback é definido, você pode focar em encontrar jogadores para compensar falhas na defesa. Seja contratando um edge rusher ou selecionando um dos melhores jogadores do draft, como Starks – que muitos consideram um dos 20 a 25 melhores desta classe – a ideia é garantir um verdadeiro “difference maker»”, ressaltou McShay.

Com essa análise, McShay demonstra que o investimento no setor defensivo pode ser a estratégia ideal para os Commanders, consolidando uma abordagem que privilegia jogadores com potencial para ser decisivos na hora de encerrar as partidas.