Americanos são um dos que menos revisam ou editam o conteúdo gerado por IA
Uma pesquisa global da EY revelou que, embora a maioria dos americanos considere a inteligência artificial útil, poucos dedicam tempo para revisar ou editar o que ela produz. De acordo com o EY AI Sentiment Index 2025, apenas 24% dos entrevistados nos Estados Unidos afirmam revisar textos, imagens ou traduções geradas por IA – um dos menores índices do estudo e bem abaixo da média global de 31%.
Além disso, 74% dos americanos acreditam que as aplicações de IA compreendem suas necessidades. Essa confiança elevada pode explicar por que somente 14% dos entrevistados dizem ajustar os resultados gerados pela inteligência artificial. Caso fosse necessário revisar minuciosamente todos os resultados produzidos pela IA, a tecnologia perderia grande parte de sua eficiência e atratividade.
Em contrapartida, as taxas de revisão são significativamente maiores em países como Coreia do Sul (42%), China (40%) e Índia (40%). A Alemanha apresenta uma taxa de 27%, enquanto apenas a Suécia e a França registram números inferiores aos dos Estados Unidos.
País | Taxa de Revisão (%) |
---|---|
Coreia do Sul | 42 |
China | 40 |
Índia | 40 |
Emirados Árabes Unidos | 39 |
Arábia Saudita | 38 |
Brasil | 31 |
Mundial | 31 |
Nova Zelândia | 29 |
Japão | 29 |
Canadá | 28 |
Austrália | 27 |
Alemanha | 27 |
Reino Unido | 25 |
EUA | 24 |
Suécia | 23 |
França | 23 |
Da mesma forma, os americanos demonstram pouca inclinação para editar ou revisar o conteúdo gerado por IA. Apenas 14% dos entrevistados afirmam fazer ajustes finos no que a tecnologia produz, número este consideravelmente inferior ao das taxas registradas em países como China e Índia (ambos com 32%). Países como França, Reino Unido e Japão apresentam índices ainda menores.
País | Taxa de Pós-processamento (%) |
---|---|
China | 32 |
Índia | 32 |
Emirados Árabes Unidos | 29 |
Arábia Saudita | 27 |
Coreia do Sul | 19 |
Mundial | 19 |
Suécia | 16 |
Brasil | 16 |
Austrália | 15 |
Alemanha | 15 |
Nova Zelândia | 14 |
Canadá | 14 |
EUA | 14 |
Japão | 13 |
Reino Unido | 13 |
França | 12 |
Americanos demonstram cautela em áreas sensíveis
Quando se trata de aplicações da inteligência artificial na área da saúde, os americanos se mostram mais céticos. A pesquisa indica que apenas 49% dos entrevistados nos Estados Unidos se sentiriam confortáveis com a IA prevendo potenciais problemas de saúde com base em seus dados – índice que fica abaixo da média global de 57% e aquém dos 76% e 74% registrados, respectivamente, na Índia e na China.
Aceitar consultas médicas básicas conduzidas por um “médico generalista” de IA é ainda menos comum, com apenas 31% dos americanos considerando essa possibilidade, em comparação com a média global de 37%. Na China e na Índia, 61% dos participantes demonstram confiança nesse tipo de atendimento mediados pela tecnologia.
Preocupações relacionadas à desinformação impulsionada por IA também são marcantes. Setenta e cinco por cento dos americanos afirmam temer a propagação de fake news e deepfakes, número que espelha a média mundial.
Resumo
- Apenas 24% dos americanos revisam conteúdos gerados por IA, bem abaixo da média global de 31%.
- Como 74% acreditam que a IA compreende suas necessidades, somente 14% ajustam ou revisam o que é produzido pela tecnologia.
- Em áreas sensíveis, apenas 49% se sentem confortáveis com a IA prevendo problemas de saúde e 31% considerariam uma consulta médica conduzida por IA, índices inferiores às médias globais.