Agora estamos aqui, avançando rumo a um futuro desconhecido, com o ritmo de desenvolvimento dos modelos de inteligência artificial facilmente superando o ritmo da Lei de Moore, que estabelece que o número de transistores em um chip dobra aproximadamente a cada 18 meses. Alguns podem argumentar que a inteligência artificial está dobrando em capacidade a cada cerca de 12 meses, demonstrando avanços significativos a cada trimestre.
Dr. Hinton acredita que os avanços da IA trarão benefícios consideráveis para a medicina, educação e ciência climática. No entanto, a questão que se impõe é: em que ponto a inteligência artificial se torna tão inteligente que não conseguimos compreender completamente seus pensamentos ou, possivelmente, suas intenções?
Embora o Dr. Hinton não tenha abordado diretamente o tema da inteligência artificial geral (IAG) na entrevista, certamente esse conceito – que ainda permanece um tanto vago – pode representar uma situação em que as máquinas superem a inteligência humana. Se isso ocorrer, surge a inquietante perspectiva de que a IA comece a agir em seu próprio interesse, tal como fazemos.
Como ele próprio afirmou: “Eu não acreditava que chegaríamos a esse ponto em apenas 40 anos.” Essa reflexão nos convida a pensar sobre as implicações éticas e práticas dos avançados desenvolvimentos da inteligência artificial, e sobre como nos prepararmos para um futuro cada vez mais moldado por essas tecnologias disruptivas.