A Busca pela “Superinteligência Científica” da A.I.
Uma start-up ambiciosa renova o otimismo de que a inteligência artificial pode acelerar e transformar a descoberta científica. Em meio a um cenário em que o uso de A.I. pode gerar novos medicamentos para combater doenças, desenvolver técnicas agrícolas inovadoras para alimentar a população mundial e criar materiais que viabilizem a energia verde, o potencial da tecnologia é enorme.
Baseada em Cambridge, Massachusetts, a Lila Sciences revelou neste mês suas aspirações de revolucionar a ciência com o uso de A.I. Após dois anos de trabalho sigiloso, a empresa afirmou ter dedicado esforços para “construir uma superinteligência científica para resolver os maiores desafios da humanidade”.
Contando com uma equipe experiente de cientistas e um aporte inicial de 200 milhões de dólares, a start-up vem desenvolvendo um programa de inteligência artificial treinado com dados publicados, experimentais, além de incorporar o próprio processo e o raciocínio científicos. Com este software, a Lila Sciences automatiza experimentos em laboratórios físicos, com o suporte de alguns pesquisadores para acompanhar e auxiliar os procedimentos.
Em projetos demonstrativos, a A.I. desenvolvida pela Lila já conseguiu gerar novos anticorpos para o combate a doenças e elaborar materiais inovadores para capturar carbono da atmosfera. Experimentos que tradicionalmente demandariam anos foram transformados em resultados concretos em apenas alguns meses.
Catie Ramnarine, assistente de pesquisa no laboratório da Lila Sciences, exemplifica como a inteligência artificial está acelerando o processo científico em Cambridge, Massachusetts.