Em uma carta enviada para uma coluna de conselhos, um cônjuge estressado revelou algo repugnante sobre como seu marido vinha usando o telescópio em um prédio de apartamentos – uma atitude que não tinha nada a ver com a observação de estrelas. Segundo o relato, “outra noite, eu o peguei usando o telescópio para olhar através das janelas dos apartamentos do outro lado da rua”. Ao que se descobriu, ele vinha espiando um casal fazendo sexo através da janela do quarto!
Pseudônimo “Jackson” foi a forma escolhida para identificar o marido, que quando confrontado, minimizou o ocorrido, afirmando que era “tudo uma brincadeira” e que não haveria nenhum mal em realizar tal voyeurismo em seu apartamento de alto padrão. Ele chegou a sugerir inclusive que o cônjuge se juntasse a ele nas observações noturnas. “Quando perguntei como ele se sentiria se descobrisse que alguém estava nos observando, ele respondeu que se sentiria ‘lisonjeado’”, relatou a pessoa, que se autodenomina “Os Corpos Que Ele Observa Não São Celestiais”. Jackson então propôs que se alternassem para “assistir ao show”, o que levou a uma resposta imediata: “Eu o chamei de pervertido e saí da sala.”
Após relatar a situação e buscar aconselhamento, o conselheiro da coluna comentou que, embora o comportamento de Jackson pudesse ser considerado ilegal conforme as leis de voyeurismo — que variam de estado para estado — não seria tão simples tomar uma atitude extrema, como denunciar o marido à polícia, sem que se fizesse uma pesquisa detalhada sobre a legislação local.
Além disso, investigações demonstraram que esse tipo de uso “alternativo” de telescópios não é tão incomum quanto se imagina. Em fóruns na internet, há discussões – inclusive há quase uma década – sobre quais modelos seriam “melhores para espiar”, e até mesmo o próprio New York Times já reportou, lá em 1990, a compra de um telescópio justamente para “vistas discretas da cidade”.
O conselheiro ressaltou que denunciar o marido poderia ser uma medida excessiva e que informar o casal que estava sendo espionado possivelmente traria mais danos do que benefícios. Em sua orientação final, recomendou que o cônjuge continuasse a manifestar seu desagrado de forma clara e repetida – embora seja sugerido, de maneira irônica, que talvez o telescópio devesse ir para o lixo.