Pershing Square: CEO Bill Ackman sugere parceria entre Hertz e Uber para veículos autônomos

Bill Ackman, CEO da Pershing Square, revelou em um post publicado na última quinta-feira (17 de abril) na rede X que sua empresa possui uma participação de 19,8% na Hertz. Em seu post, Ackman defendeu a ideia de que a Hertz e a Uber seriam parceiros ideais para implantar uma frota de veículos autônomos, reunindo a vasta experiência da Hertz – com seus 500 mil veículos, know‐how em manutenção e 11.200 locais de operação em escala global – com a capacidade da Uber de otimizar a utilização e a rentabilidade dessa frota.

Considerando a proposta como um “divertido experimento mental”, Ackman comentou que aproveitaria a oportunidade para entrar em contato com o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi. Em resposta, Khosrowshahi destacou que a Hertz sempre foi uma ótima parceira da Uber e se mostrou entusiasmado em explorar maneiras de ampliar a relação entre as empresas.

Em reportagens, o The Wall Street Journal destacou que, antes conhecidos por travar batalhas em proxy e apostar contra ações, Ackman e a Pershing Square têm se concentrado atualmente em manter um portfólio concentrado de marcas reconhecidas, que segundo eles, estão subvalorizadas. Além disso, o CEO da Hertz, Gil West, teria incentivado os colaboradores a se sentirem motivados com a repercussão do post.

Em sua análise, Ackman ressaltou que a locadora pode se tornar muito lucrativa. Ele explicou que, com as recentes melhorias implementadas por West e sua equipe, a Hertz está “excepcionalmente bem posicionada no atual ambiente tarifário”. Segundo ele, com mais de 500 mil veículos e um cenário de alta nas tarifas que tende a pressionar os preços dos carros usados, um aumento de 10% nesses preços representaria um ganho de aproximadamente 1,2 bilhão de dólares em ativos automotivos – ou seja, cerca de metade da capitalização de mercado atual da empresa.

Vale lembrar que o antigo CEO da Hertz deixou o cargo em março de 2024, logo após a divulgação de que a empresa estava considerando cortes de pessoal, depois de vender cerca de um terço da sua frota de veículos elétricos e registrar prejuízos com esses carros. Além disso, a empresa interrompeu os planos de adquirir dezenas de milhares de veículos elétricos.

Dinheiro fala e agora também tem museu no Seaport de Boston

A partir de 1º de julho de 2026, o Seaport de Boston receberá uma nova atração turística que promete encantar os apaixonados pela história financeira dos Estados Unidos: o Museu das Finanças Americanas. Em parceria com o Smithsonian Institution, esse tradicional museu, que há décadas circulava pelo panorama financeiro do país, terá seu primeiro espaço fixo fora de Nova York desde 2018.

O museu ocupará aproximadamente 500 metros quadrados no Commonwealth Pier, um polo à beira-mar que está se transformando no novo ponto de encontro de Boston para gastronomia, compras e programação cultural durante o ano todo. Fundado em 1989, a instituição tem atuado como guardiã da história financeira americana, abrigando um vasto acervo de documentos – incluindo itens do próprio Alexander Hamilton – que retratam as origens marcantes do capitalismo nos Estados Unidos.

A mudança para o Seaport consolidará o acervo que já vinha sendo exposto em turnês pelo país, permitindo um contato mais direto com o público por meio de exposições gratuitas, em linha com a missão de democratizar a educação financeira. Pensando em oferecer uma experiência ainda mais atraente para os profissionais e curiosos da área, já foram sugeridas sete possíveis exposições para o museu:

  • O Lado Sombrio do Sonho Americano: uma análise provocativa de escândalos financeiros, fraudes e dos vigaristas que marcaram momentos críticos da economia americana, desde fraudes clássicas até crises recentes.
  • Vilões e Justiceiros de Wall Street: uma homenagem aos personagens – reais e fictícios – que revelam a face obscura do mercado financeiro, relembrando desde a famosa frase “a ganância, por falta de uma palavra melhor, é boa” até os protagonistas de quedas históricas.
  • O Lounge da Lavagem de Dinheiro: uma exposição interativa que explora o universo das finanças ilícitas – envolvendo cartéis de drogas, sonegação fiscal e contas offshore – e como redes globais desviam o fluxo financeiro.
  • A Grande Pânico Financeiro de 1907: uma recriação do pânico que quase desestabilizou a nação, com simulações de corridas bancárias, demonstrando como até os gigantes financeiros podem ser abalados pelo pânico.
  • A Ascensão e Queda da Bolha: uma jornada histórica que parte da Tulipomania do século XVII, passando pela bolha das dot-com e crises ligadas às criptomoedas, ilustrando os ciclos de ganância e especulação.
  • A Arte do Golpe Financeiro: uma mostra dos clássicos golpes financeiros, desde notas falsas a IPOs fraudulentos e operações de insider trading, revelando os segredos dos esquemas de enganação.
  • Os Dilemas Éticos das Finanças: uma reflexão sobre a moralidade por trás de práticas como o trading de alta frequência, empréstimos consignados e a influência do dinheiro na política, ressaltando a importância dos valores na atividade financeira.

Essas exposições pretendem refletir tanto a engenhosidade quanto os desafios e armadilhas do capitalismo americano. Ao mesmo tempo em que celebram pioneiros como Hamilton, elas servem de alerta quanto aos riscos e fraudes que permeiam o universo financeiro. Seja você um banqueiro, regulador ou apenas um curioso, o novo museu promete ser uma visita imperdível, repleta de lições e histórias instigantes.

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