A Casa Branca ordena que agências desenvolvam estratégias de IA e nomeiem líderes
A Casa Branca afirmou que está ordenando que agências federais nomeiem diretores de inteligência artificial (IA) e criem estratégias para expandir o uso dessa tecnologia pelo governo. A medida revoga ordens da administração Biden, que visavam impor salvaguardas para a tecnologia.
O Escritório de Gestão e Orçamento orientou que as agências implementem práticas mínimas de gerenciamento de risco para aplicações de alto impacto da IA e elaborem, nos próximos meses, uma política voltada para a IA generativa.
De acordo com o memorando, “as agências devem adotar uma abordagem proativa e pró-inovação que aproveite essa tecnologia para ajudar a moldar o futuro das operações governamentais”.
O documento revoga duas ordens emitidas durante o governo Biden. Uma delas determinava a implementação de salvaguardas para proteger os direitos das pessoas e garantir a transparência, enquanto a outra buscava impor restrições nas aquisições de IA. A ordem anterior também havia orientado as agências a nomearem diretores de IA.
Além disso, o presidente Donald Trump já havia revogado uma ordem executiva de 2023, assinada por Biden, que pretendia reduzir os riscos associados à IA exigindo que desenvolvedores compartilhassem dados.
O memorando estabelece que, no prazo de seis meses, as agências desenvolvam uma estratégia de IA capaz de identificar e remover barreiras ao uso responsável dessa tecnologia, promovendo melhorias abrangentes na maturidade de suas aplicações. A Casa Branca ressaltou que não haverá mais “restrições burocráticas desnecessárias” que impeçam o uso inovador da IA produzida nos Estados Unidos no Poder Executivo.
Em diretiva separada, a Casa Branca destacou a importância de impulsionar “a aquisição eficiente de inteligência artificial no governo”, orientando as agências a priorizarem a interoperabilidade e a “maximizar o uso da IA fabricada nos Estados Unidos”.
A nova abordagem elimina exigências de relatórios onerosos e otimiza o processo de aquisição, sem deixar de preservar a privacidade. Diversas agências governamentais têm destacado o uso da IA para enfrentar desafios específicos; por exemplo, a Administração Federal de Aviação utiliza aprendizado de máquina e modelos de linguagem para analisar relatórios de incidentes e identificar temas relacionados a riscos na aviação.