Adoção de IA leva à requalificação de funcionários, e não à substituição, aponta análise do Fed de Nova York
Quando as empresas adotam inteligência artificial no ambiente de trabalho, elas tendem a investir na formação dos seus colaboradores nessa tecnologia, em vez de substituí-los, concluiu o Federal Reserve Bank de Nova York em uma análise divulgada em 4 de setembro.
De acordo com a pesquisa realizada, as organizações relataram um aumento no uso de IA no último ano, mas muito poucas mencionaram demissões relacionadas à tecnologia. Em vez disso, a prioridade tem sido a requalificação dos funcionários.
A adoção dessa tecnologia também afetou as contratações: algumas empresas reduziram novas contratações, enquanto outras passaram a buscar profissionais com habilidades específicas em IA.
Algumas organizações inclusive preveem demissões devido à adoção da inteligência artificial no futuro próximo, embora o Fed ressalte que essas projeções podem estar moderadas. Em pesquisas anteriores, uma porcentagem semelhante de empresas previa demissões, mas os números não se concretizou de forma expressiva neste ano.
O uso da IA variou conforme o setor: mais da metade das empresas dos segmentos de informação, finanças e serviços profissionais e empresariais afirmaram empregar essa tecnologia. Em contrapartida, menos da metade das empresas dos setores atacadista, lazer e hospitalidade, educação e saúde, serviços pessoais e varejo fazem uso da IA. No setor agrícola, nenhum entrevistado relatou utilizar essa tecnologia.
Os pesquisadores do Fed apontam que essas mudanças são improváveis de causar um impacto imediato e significativo no mercado de trabalho. Eles explicam que, considerando que apenas entre 25% e 40% das empresas já fazem uso da inteligência artificial, os efeitos gerais na economia tendem a ser relativamente modestos, já que os impactos na força de trabalho podem ser tanto positivos quanto negativos.