Cerca de 300 funcionários da equipe focada em inteligência artificial, sediada em Londres e pertencente ao DeepMind do Google, estão buscando a sindicalização por meio do Communication Workers Union. De acordo com um relatório do Financial Times, que cita três pessoas envolvidas no movimento, os colaboradores estariam descontente com a remoção do compromisso de não utilizar a inteligência artificial para fins de armamentos ou vigilância.
Além disso, há preocupações com a parceria do Google junto à indústria militar israelense, que inclui um contrato de computação em nuvem no valor de US$ 1,2 bilhão – situação que já provocou protestos em outras áreas da empresa. Segundo uma fonte consultada pelo FT, os membros da equipe se sentem “enganados”, e, conforme trocas de mensagens, pelo menos cinco funcionários do DeepMind teriam deixado a empresa devido a essas questões. Atualmente, o DeepMind conta com cerca de 2.000 funcionários no Reino Unido.
Um porta-voz do Google afirmou que a empresa incentiva um “diálogo construtivo e aberto com todos os nossos funcionários”.
Anteriormente, um grupo de cerca de 200 colaboradores do Google e de sua controladora Alphabet anunciou que estava se sindicalizando. Contudo, por representar apenas uma fração da força de trabalho total da empresa, esse sindicato não tinha poder para negociar coletivamente.